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Erasmus+ KA2 Parcerias Estratégicas para a Educação

Desenvolvimento da Capacidade Socioemocional no 1º Ciclo do Ensino Básico

Vivendo numa época de incríveis avanços tecnológicos, em que cada vez mais as atividades estão a ser automatizadas, é importante concentrarmo-nos no desenvolvimento das competências que tornam cada um de nós único e que nos podem ajudar a passar por estas mudanças com uma mentalidade positiva e uma atitude forte. Além disso, como as tecnologias de informação e comunicação estão a evoluir rapidamente, o mesmo acontece com os nossos hábitos. Não podemos desprezar o facto de que, nos dias de hoje, cada vez mais crianças comunicam através das redes socias e não podemos ignorar como isso as afeta. No entanto, estas mesmas tecnologias podem ser utilizadas para encorajar o desenvolvimento da inteligência emocional e competências socioemocionais, contribuindo para reduzir o sentimento de alineação que se propaga na sociedade atual.

A inteligência emocional é constituída por um conjunto de capacidades inatas que inclui a habilidade de conhecer, compreender e controlar as emoções, de lidar com desafios emocionais e de alcançar os nossos objetivos. Por outro lado, as competências Socioemocionais, que compreendem o conhecimento SE, competências SE e valores SE, ajudam-nos a trabalhar com outras pessoas, aprender produtivamente e participar ativamente nas nossas famílias, no local de trabalho e nas comunidades. A ESE visa ensinar e difundir estas capacidades essenciais a fim de construir sociedades emocionalmente mais fortes, solidárias e estáveis

Estudos demonstram que a inteligência emocional e as competências socioemocionais são fundamentais para o sucesso de uma criança. As pessoas que são emocionalmente inteligentes tendem a ter melhores relações com os outros, a serem mais empáticas e tendem a ser mais conscientes das suas próprias emoções e das dos outros, à medida que também aprendem a geri-las.

A inteligência emocional e as competências socioemocionais podem ser ensinadas em todas as idades, mas visto que têm um papel central no desenvolvimento das crianças, seria melhor encorajar a sua promoção nos primeiros sete anos de vida de uma criança. No entanto, não devemos negligenciar os/as adultos/as, especialmente aqueles que lidam com crianças. De facto, os/as docentes e os/as encarregados/as de educação são elementos-chave no desenvolvimento emocional das crianças e, frequentemente, sem formação adequada em inteligência emocional e competências socioemocionais; pode ser muito difícil para eles transmitirem essas capacidades para as suas crianças e alunos/as.

Um estudo realizado em todos os países parceiros do projeto (Itália, Lituânia, Bulgária, Grécia e Portugal) revela o seu forte empenho na disseminação da inteligência emocional e das competências socioemocionais (autoconhecimento, autogestão, consciência social, capacidade de relacionamento e tomada de decisões responsável), uma vez que todos, em certa medida, pretendem incluir a Educação Social e Emocional (ESE) nos seus planos nacionais de educação. Ao reconhecer a importância do desenvolvimento das competências socioemocionais das crianças, cada vez mais países em toda a Europa estão a aperceber-se de que, para construir sociedades fortes e resilientes, as competências cognitivas não são suficientes e que uma melhor compreensão das emoções pode fazer a diferença na vida de todos.

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